sábado, 5 de julho de 2008
domingo, 20 de abril de 2008
noites de insônia
essa noite mais uma vez tenho certeza
eu nasci pra sofrer
calçando sapatos verdes de sei lá quem
tendo me esquecer
a noite me envolve em um lençol terno
nele sito frio
o silencio me ensurdece meu corpo chora
chora e vira rio
a insônia insânia transforma minha alma
a esperança me castiga
solto uma grito silencioso osso
uma frase escrita
essa noite mais uma vez tenho certeza
eu nasci pra sofrer
calçando sapatos verdes de sei lá quem
tendo me esquecer
uma ceda amassada uma palavra escrita a lápis
eternidade da semana
um rosto no espelho duas palavras arranjadas
solidão e insônia
um deserto no peito um rosto retorcido
um oceano a se formar
um amor forjado um sorriso forçado
um grito no ar
essa noite mais uma vez tenho certeza
eu nasci pra sofrer
calçando sapatos verdes de sei lá quem
tendo me esquecer
Silvio Prado
recomeço
sigo a fumaça insolente de um cigarro que a muito apagou
vejo a minha alma fundir-se ao breu
o mesmo breu que engole lentamente
pequenas massas a minha volta
ao longe a terra suga pouco a pouco para sua intimidade
os atentos postes que insiste em expor
o mar que banha os meus olhos
vago em passos marcados na direção oposta há qual um dia segui
sou possuído por uma paz forjada
meu corpo transforma-se em noite:
meu caminho...seu infinito...meus passos...seus ruídos...
minha voz...seu silêncio...minhas lagrimas...seu orvalho...
casas com portas fechadas e janelas semi-abertas
“como um cachorro otário a correr atrás dos carros”
sigo cigarros acessos em esquinas esquecidas
meu corpo amanhecendo na cidade rio
os muros desmoronam em quintais estranhos
capas naturais cobrem os carros artificiais
a vida inerte nas frases já ditas em muros
lua... sol... tudo se transforma em uno...
Silvio Prado
quarta-feira, 12 de março de 2008
hay-kai botão de rosa
o botão de rosa desabrochou
para a abelha que passou
a rosa murchou e morreu
Silvio Prado
soneto do amor pôr ti
desde que passaram-se horas
após o fim do dia
do dia em que te conheci
após o fim do dia
do dia em que te conheci
desde que a cada dia
a cada hora, segundos
dias e dias sem fim
a cada hora, segundos
dias e dias sem fim
desde que muito antes
antes de ti e de mim
desde que nada existia
existia sim! o amor pôr ti
antes de ti e de mim
desde que nada existia
existia sim! o amor pôr ti
desde então, agora e depois
sou dois, sou um, e assim
desde sempre e mais à frente
este amor vai existir
Silvio Prado
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